o bangboo é um game vestível de realidade aumentada que transforma qualquer ambiente em um cenário de jogo, possibilitando ao participante se tornar um caça-fantasmas.
Bangboo é o nome do primeiro jogo que desenvolvemos para rodar neste equipamento que é uma espécie de console de testes com inputs e outputs diferenciados, o que nos dá a possibilidade de criar diversas mecânicas e dinâmicas para diferentes temáticas, finalidades e espaços.
Neste primeiro formato optamos por explorar o tema caça-fantasmas junto com a estética steampunk, justamente pelo potencial lúdico que um equipamento vestível possibilita junto com a experiência imersiva dos fantasmas projetados no espaço.
Foi assim que surgiu o Bangboo, que já teve duas versões.
como se joga?
Munido de uma mochila e um canhão aspirador, o jogador precisa encontrar portais de diferentes cores por onde fantasmas estão tentando fugir do mundo dos mortos.
Ao encontrar o portal da cor correta o jogador deve capturar o fantasma, em seguida o equipamento faz uma nova varredura do local e indica através de uma interface projetada, e também de um display de luzes no próprio equipamento, a cor do próximo portal a ser procurado.
O jogo termina quando os 6 fantasmas são capturados. Há tem um tempo limite para encontrar cada portal, caso o tempo acabe os fantasmas vencem.
A cada rodada o jogo cria uma nova sequência de portais, permitindo que o caçador tenha uma experiência diferente a cada tentativa.
Essa versão tem rodadas com duração média de 10 minutos e pode ser jogado tanto por adultos quanto crianças à partir de 8 anos.
e como funciona?
O equipamento é constituído por uma mochila conectada a uma espécie de canhão/lanterna mágica.
Na mochila temos o processamento do jogo que acontece em uma Raspberry pi 3 alimentada por um powerbank, nela há também um Arduino Nano que controla alguns efeitos de luz e movimento.
No canhão temos um mini projetor e uma câmera Pseye 2 que se conectam à Raspberry. A câmera consegue ler alguns tipos de marcadores, no caso desse jogo usamos nos portais dos fantasmas marcadores fiduciais que ao serem lidos podem disparar diferentes tipos de processos, o mini projetor cria o efeito imersivo dos fantasmas e interfaces pairando nos diferentes ambientes onde o jogo pode ser instalado, para isso basta espalhar pelo espaço os marcadores e começar a jogar.
Outro detalhe que temos no canhão é um outro Arduino Nano que controla o gatilho (que captura os fantasmas para dentro da mochila) e o display de leds dentro de pequenos tubos de ensaio que indicam quais fantasmas já foram capturados, criando um efeito cenográfico que ajuda a enriquecer a experiência do jogador.
CONSTRUÇÃO
A estrutura do equipamento foi desenvolvida em grande parte utilizando produção digital.
Tanto a mochila quanto o canhão são constituídos por uma série de camadas de MDF e acrílico cortadas à laser e posteriormente pintadas e trabalhadas com outros diferentes materiais, como: conexões de cobre, couro, fivelas e ferragens.
Por isso gostamos de pensar que esse projeto não é apenas sobre o desenvolvimento de um jogo digital mas também de toda a elaboração de um produto desenhado e construído para conseguir criar o efeito desejado e atender as necessidades técnicas das tecnologias utilizadas.
CENÁRIOS A SER EXPLORADOS
Tivemos a oportunidade de levar o Bangboo para diversos espaços como as unidades do SESC Sorocaba, 24 de Maio, Jundiaí e Avenida Paulista.
Mas como já foi dito, a ideia desse equipamento é funcionar como um console para rodarmos diferentes aplicações, podendo assim ser utilizado para outros fins, como: dispositivo lúdico pedagógicos, infográficos diferenciados, contações de história e forma de reviver personagens históricos, LARPS, mediações interativas para exposições, mapas, exploração de produtos, entre outros diversos tipos de aplicações que podem ser utilizadas em espaços como escolas, museus ou eventos.
Ficha técnica:
Concepção e game design: Alexandre Nacari, Fabrício Masutti e Leonardo Gallep
Programação e eletrônica: Fabrício Masutti
Criação de personagens: Alexandre Nacari
Interface e motion graphics: Alexandre Nacari e Leonardo Gallep
Design de produto e construção: Leonardo Gallep